Os arautos do caos e do desconcerto na velha mídia nacional e internacional perderam o pé e estão naufragando. Mas nem por isso vão perder a esperança.
Com base na cobertura da velha mídia nacional e
internacional podemos afirmar sem medo de que eram e são falácias:
1. Acreditar que o Brasil não tem condição para organizar
eventos deste porte, porque é um país onde grassam apenas a corrupção, a
violência e a incompetência. Quem acreditou nisto perdeu a aposta. E tem mais:
o Brasil já ganhou prêmio
da ONU pelo combate à corrupção e lidera a comissão a respeito na OCDE.
2. O Brasil é e será um país de eternos pobretões,
miseráveis e favelados para sempre. O Brasil está se superando e deixando
outras nações a ver poeira em matéria de combate à pobreza. No recente
Congresso da Confederação Sindical Internacional, que elegeu o brasileiro João
Felício (ex-presidente da CUT e da Apeoesp) como seu presidente, o pronciamento
da representante da ONU a respeito foi enfática: em matéria de dminuição da
pobreza o Brasil é um exemplo a ser estudado e seguido. Mas não esqueçamos: isto
não deve ser motivo de desprezo em relação a outros países. Ao contrário, deve
ser motivo de maior solidariedade internacional.
3. A população brasileira tornou-se contrária à realização
da Copa no país. Esta é a oração mais repetida da ladainha contra o nosso país.
Não é verdade. Sucessivas reportagens de outros países atestam o entusiasmo de
nossa população com a Copa, além de depoimentos oriundos do Brasil também. 80%
da população é a favor, indicam as últimas pesquisas.
4. O Brasil não deveria aplicar em estádios o dinheiro que
deveria aplicar em educação e saúde. Não só isto não é verdade (os
investimentos motivados pela Copa, inclusive nos estádios, são pequenos em
relação ao que o país investe em educação e saúde), como revela má fé ou ignorância por
parte de quem os manipula ou repete. Quem faz isto ou oculta ou ignora a
complexidade econômica, social e cultural de um país como o Brasil. Os
investimentos em infra-estrutura de mobilidade urbana, viária, ou ainda aérea
geraram mais de 700 mil empregos no país. Eles deveriam ter sido feito antes –
isto sim pode ser uma crítica construtiva. Mas agora saíram do papel. Graças,
em parte, à Copa.
5. As vaias e os insultos do setor VIP no
"Itaquerão" e as manifestações “Não vai ter Copa” são representativas
do sentimento e mal estar geral da população. Não são. As vaias e xingamentos
provocaram mais repúdio do que aplauso, inclusive por parte de gente do setor
conservador e/ou que por qualquer razão não votou nem votaria na
presidenta em outubro. As manifestações minguaram em frequência e em número de
manifestantes e só ganham espaço na mídia devido à busca de sensacionalismo.
Vamos agora às verdades:
1. Esta pode não ser a Copa das Copas em matéria de futebol
(confesso que para quem viu, a de 58 não sai das retinas), mas decididamente é
a melhor Copa nestes termos nos últimos tempos. Hospedar futebol de
tamanha qualidade, ofensivo, bonito e eletrizante por vezes, além de ser uma
honra para um país, certamente será um incentivo para nossos jogadores –
presentes e futuros – ostentarem algo parecido. Além disso é lindo ver times
como os do Uruguai, da Costa Rica e de Gana fazerem das tripas coração e
jogarem bonito contra equipes milionárias e tidas como imbatíveis.
2. Nosso povo está dando um show de bola em matéria de
alegria, hospitalidade e esportividade. Incidentes isolados e menores não
conseguem tapar esta realidade com as peneiras do descrédito e do desprezo, que
insistem que as cidades brasileiros são verdadeiros faroestes de violência,
desorganização, furtos, roubos e assassinatos. A Copa renderá dividendos no
futuro: a grande maioria dos visitantes vai desejar voltar e conhecer o que
ainda não teve oportunidade de conhecer, do Oiapoque ao Chuí e do Acre à
Paraíba.
3. O nosso povo pensa com a cabeça e o coração e ama o nosso
país. Estão correndo mundo cenas como a da camareira surpreendida no
quarto de hotel a cantar e a dançar o hino nacional que via e ouvia pela
televisão. Também correm mundo as cenas dos estádios inteiros a cantar
nosso hino com vontade e... afinação também! Nem por isto viramos nacionalistas
xenófobos e que não veem o próprio país com discernimento e também críticas.
Atesta isto a rotação do nome “Não vai ter Copa”, uma ilusão deste sempre, para
o de “Vai ter luta na Copa”, ou “Copa com luta”, que pode ser algo positivo e
produtivo.
4. A realização da Copa está contribuindo para construir uma
imagem muito positiva do Brasil e disseminando-a pelo mundo afora. Aos poucos
populações de todo o mundo vão pulando por cima dos noticiários preconceituosos
e exclusivamente negativos e percebendo por trás deles ou mesmo nas entrelinhas
o entusiasmo com que o nosso povo recebe a Copa e seus benefícios. Comentários
de leitores indignados com notícias ou artigos que torcem tudo para mostrar
apenas o que é ruim – ou o que deveria ser ruim – se multiplica.
5. Os arautos do caos e do desconcerto na velha mídia
nacional e internacional perderam o pé e estão naufragando. Mas nem por isso
vão perder a esperança, na expectativa de que ainda haja alguma catástrofe
dentro dos campos (por exemplo, uma possível eliminação precoce do Brasil) ou
fora dele: aqui serve qualquer coisa, de inundação a desastre. Afinal, velha
mídia é velha mídia, e tem uma "reputação" a manter. (E precisa
'alimentar' os pessimistas.)
Fonte: CartaMaior
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